domingo, 17 de janeiro de 2021

    

Os números das batalhas em relatos considerados históricos ou pelo menos que não eram meramente mitológicos, já são considerados hoje, números exagerados. Mas no mito as coisas assumem ares bem piores.


* Plutarco diz que numa batalha os romanos liderados por Rômulo, o famoso e mítico fundador da cidade, teriam matado 14 mil inimigos. Dos quais Rômulo teria matado a metade !!


* Do lado dos gregos, diz-se que Aristômacos, rei messênio teria comemorado 3 vezes ter matado 100 inimigos. E seriam todos espartanos .

Será que o sujeito matou os 300 de Esparta, tio ??? 



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

THE RETURN OF THE WARRIOR: Reflexions about Lane Fox writing and proposals.

  - scarred and wiser

Well, not truly wiser but if - big IF - I've learned something after years writing on Social Networks we can resume it all to the sage Lane Fox wise lines:

"I have written self-indulgently, as I myself like to read about the past." Which, after years of attempting debates in a disassembled World and Academics, I recognize it's the best course of action and most likely the cause for Lane Fox success. 

Also more should be detached from that humble sage


I do not like the proper names of nonentities, numbered dates of unknown years or refutations of other mens views. The past, like the present, is made up of seasons and of faces, feelings, disappointments and things seen. I am bored by institutions and I do not believe in structures. Others may disagree."


sexta-feira, 22 de março de 2013

ROMA X CARTAGO NA ESPANHA: ARQUEOLOGIA DA BATALHA DE BÉCULA

http://cultura.elpais.com/cultura/2013/03/09/actualidad/1362850068_856601.html


MAPAS E ARMAS

http://elpais.com/elpais/2013/03/08/media/1362773277_490531.html


Fonte:  El País


domingo, 3 de março de 2013

Manual de Gastronomia Grega antiga..Arquéstrato. Poeta e Filósofo de Gela, Sicília (ou Siracusa ! )

http://greece.greekreporter.com/2013/03/03/archestratus-and-the-secrets-of-ancient-greek-gastronomy/?goback=.gmp_690807.gde_690807_member_219164154

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

História e Arqueologia - Finley (cont. 2)

Para Finley "(...) a questão não é simplesmente correlacionar provas arqueológicas e literárias, mas usar a Arqueologia para comprovar se , e até que ponto, a Literatura tem algum valor. " 

Claro que a Arqueologia serve pra muito mais que isso. Porém Finley tem alguma razão em como ela não consegue determinar Sistemas Sociais e Relações Religiosas, coisa  que os lembretes de Pigott reafirmam muito bem. A Arqueologia é composta de 

a) Restos

b ) Restos Duráveis

c) Chegados até nós acidentalmente. 

Alguém que passe anos estudando o Egito sem o devido cuidado, chegará à conclusão de que os Egípcios só construíam habitações em pedra. O fato óbvio é que a pedra sobrevive mas as choupanas de madeira, palha e juncos dos habitantes mais pobres, não.   

Como sabemos dessas choupanas ? Sabemos por que alguém escreveu sobre elas. E claro, podemos inferir também - o que é uma prova bem menos segura. 

A Arqueologia não nos dá um retrato preciso de relações sociais ou mesmo de camadas e grupos de uma sociedade, até por que nem é essa ou nem deve ser, a função ou intenção da Arqueologia.

Serve para comprovar as fontes escritas ? Sim, embora sirva mais para descartá-las como no caso em que estudo atualmente, os povos não-gregos da Sicília. Todos os historiadores gregos - fontes literárias - afirmam que os Sícelos vieram da Itália. A Arqueologia nunca comprovou isso e com razoável margem de segurança pode desmentir meia dúzia de fontes escritas que provavelmente se basearam umas nas outras.


História e Arqueologia - Limites (cont.)

Se a crítica de Finley foi sobre um hiperuso da Arqueologia para responder questões que não se aplicam, ele a complementa de modo contrário, lembrando que não se pode prescindir da Arqueologia. 

"Tampouco vejo maior virtude, como já afirmei, no comportamento de historiadores, que negligenciam materiais arqueológicos. E talvez eu deva repetir, que de todas as evidências disponíveis, é impossível deduzir organizações ou instituições sociais, atitudes ou crenças tomando por base unicamente objetos materiais."

A postura de Piggot, que Finley apresenta no início de seu artigo como suporte ao que desenvolverá é assim escrita no trabalho que citamos -  Ancient Europe (1965). 

Pode parecer "uma doutrina severa para algumas pessoas (...) os dados baseados na observação da pré-História [sempre lembrando que este conceito, na época que Pigott escreve, se referia a períodos sem escrita] parecem-me em todos os sentidos, mais ambíguos e mais suscetíveis a interpretações variadas do que a gama normal de materiais disponíveis para os historiadores. O que temos à disposição como pré-historiadores são remanescentes duráveis da cultura material que chegaram acidentalmente até nós, os quais interpretamos da melhor maneira possível e inevitavelmente a qualidade peculiar dessas evidências dita o tipo de informação que podemos obter delas. Além do mais interpretamos as evidências em termos de nossa formação intelectual, que é condicionada pelo período e cultura nos quais fomos educados, nossa bagem social e cultural, nossas hipóteses e pressupostos atuais e nossa idade e posição social."


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

História e Arqueologia.

Em obra da década de 70, discutindo livros da década de 60 do século XX, Moses Finley consegue chamar a atenção para alguns limites do que a Arqueologia pode fazer - limites que hoje me parecem estar sendo esquecidos.

É certo que hoje temos mais técnicas, métodos, tecnologia mais avançada, e certamente alguns dos problemas que Finley levanta foram parcialmente superados.

Mas as questões de método e formulação dos problemas valem como avisos quando buscamos respostas apenas nos objetos - a refutação das vênus esteatopígeas como símbolos de um culto à fertilidade é um bom exemplo para iniciar a discussão.

A seguir, alguns trechos de Finley - Uso e Abuso da História , Cap. 5 História e Arqueologia

"Por exemplo, sabemos que através da preservação casual de relatos inscritos na pedra, que o mais delicado entalhe feito em pedra no templo de Atenas, conhecido como Erectêion, foi criado no fim do século V a.C. por homens e escravos trabalhando lado a lado. Nada no material que chegou até nós (o próprio entalhe) poderia nos ter dito isso. Por outro lado, os relatos de que dispomos sobre o templo de Apolo em Epidauro, construído cerca de 30 ou 40 anos depois, são de uma natureza tal que a força de trabalho não está especificada. Como imagina Binford poder descobrir se foram ou não empregados escravos, de alto grau de habilidade, nesse templo ?"

R. I. Binford é um arqueólogo que Finley inclui entre os 'reformadores' que se propunham a superar o momento de crise da Arqueologia na década de 60, mas que não eram tão pessimistas quanto Stuart-Piggot acerca das interpretações possíveis sobre artefatos da cultura material da pré-História (ou aquilo que se convencionou chamar de pré-História até estes debates, os períodos para os quais não havia relatos escritos).

Piggot declara que elementos da cultura material são altamente sujeitos a interpretações dúbias - tese que Finley segue. As posturas de Piggot a esse respeito estão resumidas na introdução de sua obra Ancient Europe (1965).



sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Para uma indexação dos escritores de História na Antiguidade Grega : O que queria Heródoto ?

Costumo dividir os homens da Grécia Antiga que escreveram sobre história - ou sobre historiadores o que quase sempre leva a escrever sobre história também - em dois grupos:

A) Retórico/Maravilhoso


Em A, temos o próprio início da História, com Heródoto. Para começar, ele não escreveu sua obra para ser lida, mas para ser ouvida, ainda na fronteira entre a oralidade e a escrita na sociedade grega. É sabido que ele leu sua obra durante os Jogos em Olímpia no ano 460 a.C. durante os grandes festivais da 80a. Olimpíada.

Assim, a idéia de Heródoto era escrever uma história prazerosa ao ouvido, que atraisse a audiência, e que tinha muitas conexões com a poesia épica declamada pelos Aedos. Mas Heródoto tinha descoberto algo mais. Havia método em seus relatos. E embora desse atenção a mitos impossíveis como Árion saindo da boca do delfim entre outros, ele mesmo desculpava-se avisando que relatava "o que se conta" . Mas não desmentia muitas das suas versões e seu relato sobre o Egito por exemplo, é considerado completamente fantasioso. Embora talvez tenhamos aqui um certo exagero.

B) Crítico/Analítico

Em B, temos Tucídides, iniciando uma longa tradição sobre o que a História deveria ser e o que os Historiadores quiseram ser - cf. Finley (1960) - pelo menos até o século XIX, fazendo de Tucídides o mais influente escritor de História de toda a História da História....

É conhecida outra lenda deste momento precursor da História, outro mito fundante...as lágrimas de Tucídides. Que teria se emocionado ao ouvir Heródoto ainda jovem e decidido naquele momento sua vocação. E que mais tarde decidiria superar o homem que lhe inspirou - e que talvez tenha sido seu mestre, jamais saberemos.

Essa dicotomia entre o Retórico-Maravilhoso - doravante RM - e o Crítico-Analítico, doravante CA, já não existe mais. Hoje em dia ao historiador profissional não se admite que viva de fábulas ou que as espalhe e o rigor quanto ao documento é cada vez maior. Há mesmo exageros no sentido de algumas correntes só aceitaram documentos no sentido jurídico do que é um documento. Perspectiva falha, que penso que tira da História sua dimensão própria de trabalho.

Apesar disso, o apreço pelo documento encerrou o RM como opção de trabalho histórico. Ao tempo de Heródoto e Tucídides - separados por cerca de 20 anos, quando um era jovem, o outro já era maduro - a divisão ainda existia. O que me chamou a atenção para ela, foram as críticas de Dionísio, um conterrâneo de Heródoto que viveu em Halicarnasso 4 séculos depois do ilustre precursor.

Dionísio faz acerca do  trabalho de Tucídides - que está longe da objetividade que se busca hoje, e mesmo da excelência metodológica e documental dos padrões atuais - uma série de observações que bem, cada um pode julgar por si: Dionísio diz que Tucídides escolheu um tema muito pobre, uma guerra de gregos contra gregos, e que por isso o trabalho de Heródoto seria superior, pois tinha como objeto um tema mais nobre, uma guerra entre gregos e bárbaros, vencida pelos gregos...

É quase o 'zelo de prosélito' - acusação comum que se faz a Tucídides quanto a omissão em seu relato, de algumas manobras políticas de Péricles - de Dionísio em relação a Heródoto, seu conterrãneo e figura aparentada a nobreza local.

A seguir listamos alguns historiadores e escritores de História antigos classificando-os conforme sua abordagem RM ou CA.

RM

Heródoto - 484-420

Ctésias - início sec. IV - Persika

Timeu -  Maior autoridade para a História dos Gregos Ocidentais e da Sicília, por vezes se deixa levar pelo maravilhoso

Clitarco de Alexandria - c. 350-300 a.C.

Megástenes -  c. 350-290. Próxeno na Índia. 1o. grego a escrever sobre a História do país.

Éforo - sec. IV a. C. Outro que, como Timeu, pode ser enquadrado em ambos os grupos dada sua importância.

Teopompo - 377-320. Possível discípulo do orador Isócrates.

Calístenes - Parente de Aristóteles, acompanhou Alexandre Magno em suas viagens.

Hecateu de Abdera - apogeu c 315-285.

----- A partir daqui temos um período intenso de escritores do gênero História, estimulados pelo ciclo Alexandrino, dos Diádocos e dos Epígonos. 

Onesícrito - Historiador de Alexandre, apogeu na década de 320 a. C.

Policlito de Larissa - Historiador de Alexandre

Dúris de Samos - Também tirano de Samos após 322 a.C.

Neantes de Cízico -  Século III a.C.

Antíclides - Século III

Filarco - 2a metade do século III

Cecílio de Calacta - sec. I a.C.

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CA

Tucídides - m. c. 400 a.C.

Filisto - Estadista siracusano c 430-356 (muito criticado por autores gregos por seu suporte e amizade com tiranos, especificante os de Siracusa, Dionisio I e II

Xenofonte -  Objetivo, mas sem o mesmo talento de Tucídides, prosa confusa.

Historiador de Oxirrinco - autor do Papiro, provavelmente Cratipo.

Jerônimo de Cardia - 364-260

Aristobulo de Cassandreia - c. 300 a.C. - Historiador de Alexandre

Maneton - Apesar de sacerdote egípcio, sua obra é considerada objetiva e foi escrita provavelmente a pedido de Ptolomeu II. Tinha por objetivo contar a história da religião egípcia aos novos monarcas gregos. Teria sido o 1o egípcio a escrever em grego. Fez uso de Heródoto e Hecateu.

Eratóstenes - erudito. N. c. 280. Chefe da Biblioteca de Alexandria.

Filócoro - Antiquário m. em 263/2

Istro - fim do séc. III

Polémon - c. 180 a.C.

Agatárquides - viveu em Alexandria sob Ptolomeu VI a VIII.

Apolodoro de Artemita -  c 140 a.C.

Políbio - Maior historiador do período da dominação romana, procurou explicá-la e justificá-la.

Alexandre Polistor - apogeu 80-50.

Diodoro Sículo - Sec. I O maior valor de sua obra consiste na compilação de autores que se perderam.


Obviamente esta taxonomia não é definitiva, mas sim passível de críticas. Minha maior incerteza é quanto a Timeu. Possivelmente muito injustiçado, graças a Políbio, mas procurou traçar sua História desde os mitos. E por isso está entre os RM. Apenas lembramos que sua obra está quase na totalidade perdida e que a parte final tem grande valor. Nenhum historiador dos gregos ocidentais que lhe seguiu deixa de mencioná-lo.

E obviamente que esta lista é limitada. Em Die Fragmenta der Grieschichen Historiker de Jacoby há 856 historiadores e escritores de História gregos listados.

E claro, que não são todos.


Resta a pergunta: se Heródoto sentiu que podia ultrapassar o mito, mas não o fez e Tucídides desenvolveu o seu método a ponto de colocar explicações humanas para eventos humanos... que queria Heródoto ???



terça-feira, 24 de julho de 2012

HISTORIADORES GREGOS DO OESTE, L. PEARSONS - PRECURSORES DE TIMEU


·      
·         P. 10
·         HÍPIAS (HIPPYS) DE RÉGIO (RHEGIUM)
·         Supostamente o mais antigo historiador da Sicília. Boa chance de não ter existido e criado no período helenístico para compor uma ‘tradição’ anterior.
·         A Suda informa que Hípias foi o 1º. a escrever História da Sicília, e começou no tempo das Guerras Pérsicas.
·         Obras:
- Kteseis of Italy, Sicelica – 5 livros.
- Crônicas – 5 livros
- Argolica – 3 livros.
·         Sua obra teria sido epitomizada por um certo Myes.
·         Cadmo de Mileto teria sido epitomizado/inventado por Bíon de Proconeso ou alguém se dizendo ele, que disse ser Cadmo o 1º a escrever História da Iônia, embora a tradição atribua a primazia a Hecateu/Hecataeus.
·         Se Hípias foi o 1º a escrever história do oeste grego, surpreende não ser citado em Dionísio, Diodoro, Estrabão ou Pausânias. Só Estéfano de Bizâncio o menciona.
·         Os que mais crêem na existência de Hípias seriam eruditos italianos, entre os quais De Sanctis e Momigliano.
·         Pp 8-9
·         Fragmentos atribuídos a Hípias contrariam opiniões e versões geralmente reconhecidas :
- Teria descoberto um pitagórico Petron (cf. Plutarco), que dizia haverem 83 universos, embora ninguém antes dos atomistas tenha aventado a hipótese de haver mais de um universo.
- Chama os Argólidas de povo “pré-lunar”, dando-lhes mais antiguidade que os Frígios (contrariando Heródoto).
- Teria contado a história de Jasão ter trazido Medea para Corinto, sugerindo-o ser a fonte da Medea de Eurípides.
- Teria dito que um certo rei argivo Pollis na Sicília deu nome a um vinho.
- E que havia um lugar de mistérios que matava quem lá dormisse, armadilha construída pelo rei Epainetos durante a 36ª olimpíada quando o Esparatano Aritamas venceu o Stadium.
- Nas duas últimas nenhuma referência há sobre esses reis ou sobre o olímpico. O autor da epítome escreveu por volta de 280 a.C. o mais tardar e não muito antes pois historiadores não usavam a datação olímpica antes.
·         P.10
·         Pearsons conclui que alguns preferem crer na existência de Hípias e não em sua invenção pelo ‘epitomizador’.  Mas para Pearsons, a 1ª alternativa é a mais difícil de arguir.
·         P. 11
·         ANTÍOCO DE SIRACUSA
·         ‘More solid ground’ . Dionísio, Diodoro, Estrabão e Pausânias o citam.
·         Possível mesma idade de Heródoto, não mais antigo que Tucídides. Teria encerrado sua obra em 424/23 .
·         Escreveu em dialeto Iônico, nem ático nem dórico de Siracusa, talvez querendo ser considerado o Heródoto do Oeste. Diodoro nos conta que sua obra foi dividida em 9 partes por alguém que a organizou em Alexandria.
·         Pearsons segue Jacoby ao dizer que Antíoco não teria feito duas obras sobre a Itália e sobre a Sicília, mas uma só
·         Itália para Antíoco é uma área restrita, não compreende sequer a Magna Grécia.
·         Ele começa sua narrativa com peri italihs. Embora Estrabão ache que é o título descrevendo a obra, na verdade é sobre os italoi, as pop. não-gregas (Oinocroi os primeiros) em suas migrações no continente e então para a Sicília, antes da chegada dos Sícelos.
·         P.12
·         Dionísios apresenta o que escritores anteriores disseram sobre a colonização da Sicília e as origens dos nomes dos povos: Antíoco chama os povos primitivos da Itália pelo nome grego de Oinoicroi mas eles nomeavam-se segundo um rei chamado Ítalo e que após sua morte, seu sucessor Morges reinou até a chegada de um certo Sícelo, que querendo criar um reino para si, dividiu o povo e levou-o para a Sicília.
·         12-13
·         Helânico, contemporâneo de Antíoco trouxe Enéas para a Itália e colocou-o junto com Odisseus como co-fundadores de Roma. O início do sec. V é muito cedo para os romanos tentarem estabelecer origens troianas, mas os gregos procuravam helenizar o local onde surgiu Roma, para colocar toda a Itália como extensão da Grécia.
·         Tudo acima seria tradição, mas Dionísio ‘com sua credulidade típica’ teria tentado estabelecer a tradição como os fatos.
·         Nota 39 – B. Brea diz que a tradição é certamente falsa pois não se encontrou em escavações na Sicília traço algum de culturas apeninas ou sub-apeninas.
·         O problema da coleta de informação por Antíoco é que ele tentou fazer os mesmos inquéritos de Heródoto entre povos não-gregos, mas ao contrário daquele no Egito ou Babilônia, o sucesso das possíveis tentativas de Antíoco entre Sícelos e Itálicos foi limitado pois estes povos não praticavam a escrita no início do século V a.C. e a aprenderam de Gregos e Etruscos.
·         Pearsons: A tradição oral pode ser preservada sem o auxílio da escrita, mas para que isso ocorra, é necessário um vigoroso desenvolvimento político com a presença de centros políticos regionais. E apesar do forte desenvolvimento cultural na Itália do séc V a.C. não há sinal de um desenvolvimento político equivalente. Não se pode esperar relatos mais numerosos ou prolíficos do que os das comunidades não-gregas.
·         Nota 40: C.F.Crispo Contributo alla storia della più antica civiltà della Magna Grecia crê em tradições orais e escritores locais dos quais Antíoco teria derivado seus relatos. E arqueólogos como Bracesi La Sicilia Antica pensam que algumas tradições locais foram adaptadas pelos colonizadores gregos para seus próprios mitos fundadores. Contra esta idéia: L. Pareti, Kokalos 2 (1956: 5-19)
·         pp. 13-14
·         Políbio critica Timeu por não ter inquirido as populações ítalo-sicilianas não-gregas à moda de Heródoto, mas ele devia estar consciente da dificuldade em fazê-lo, assim como Timeu, e do pouco retorno dessa abordagem.
·         Antíoco queria estabelecer a história do sul da Itália pré-grega, como a história de um reino ‘italiano’ de pessoas que ele denominava oinoitroi . Demarcou as fronteiras deste reino: excluiu o calcanhar e o artelho da bota italiana ao sul e os Opici ou Ausones ao norte (Oscos, Samnitas ou Campanianos como os romanos os chamavam)
·         Ao escrever sobre a Sicília, não está claro como ele estabeleceu a distinção entre Sicanos e Sícelos. É suposto que os gregos da Sicília a fizessem, mas por que Antíoco escolheu dizer que os Sícelos vieram da Itália?  Antíoco não pode reclamar mais conhecimento sobre a origem dos Sícelos do que nós sobre a dos Etruscos. Como ele, somos dependentes de logoi e tecmuria.
·         Quando Dionísio fala sobre os Sicanos, ele pode ter dado o que pensava ser o senso comum, e não se pode ter certeza sobre quanto do que ele diz foi tirado de Antíoco. Este diz que os Sicanos eram um povo Ibérico que se fixou na Sicília não muito antes da invasão Sícela, fugindo dos Ligúrios. Diz ainda que não eram muito numerosos e que muitas partes da ilha permaneceram desabitadas, mas mesmo assim ela foi chamada de Sicânia após sua chegada. Antes seu nome era Trinacria. Uma explicação da Trinacria Homérica. A troca de nomes segue o padrão de Antíoco: Oinoitroi, Italoi, Morgetes.
·         pp. 14-15
·         Não há fragmento de Dionísio que preserve o que Antíoco tinha a dizer sobre o período entre a invasão Sícela e a chegada dos primeiros gregos. Nem há qualquer fragmento sobre a data da fundação de Siracusa.
·         Tucídides certamente conhecia o trabalho de Antíoco e nenhum dos dois dá uma data para a chegada dos Sícelos, apenas nos dizem que fugiam dos Opici. Dionísio afirma que Tucídides dá uma data, mas talvez só o tenha feito para mostrar a divergência com Helânico, que situou a travessia dos Sícelos na 3ª geração após a guerra de Tróia – um período muito anterior ao escolhido por Dionísio.
·         Tucídides data a fundação de todas as outras colônias gregas a partir de Siracusa, que é o que se espera de um historiador siciliano. Provavelmente, ainda que tenha feito pesquisas locais, suas informações vêm de Antíoco.
·         Combinando o que Heródoto (7.156-7) diz sobre a destruição de Mégara Hibléia com o que Tucídides relata (6.4.2), chega-se a data de 733 para a fundação de Siracusa.
·         Estrabão – citando – Antíoco – diz que Árquias (fundador Coríntio de Siracusa) partiu junto com Myscelos (fundador de Crotona) e na viagem de volta Árquias desembarcou no local da futura Crotona e ajudou Myscelos a fundar uma colônia lá.
·         Dionísio diz que a Crotona foi fundada em 710/09 a.C. e o armênio Eusébio diz que foi apenas 2 anos depois.
·         Pearsons suspeita que Antíoco, siracusano adiantou a data da fundação de Siracusa por motivos patrióticos, não dando uma data tão tardia quanto após 710 e por isso forçou a aproximação com a data de Siracusa.
·         Pp.15-16
·         Estrabão também diz que Locri foi fundada não muito após a fundação de Crotona e Siracusa, e diz que houve a co-operação de Siracusa na fundação de Locri. Pearson vê aí a mão de Antíoco.
·         É importante lembrar que o século VIII coincide com a descoberta da escrita pelos gregos. Nenhum registro anterior é feito, exceto a Guerra de Tróia. É o primeiro século ‘letrado’ e também de quando são datadas as 1as Olimpíadas, as primeiras colônias e até mesmo a Fundação de Roma. As datas no século VIII são as mais antigas que se pode esperar de registros escritos.
·         Como dito antes, a explicação mais simples para as datas de Tucídides é que ele copiou tudo de Antíoco. Mas as explicações mais simples nem sempre são as verdadeiras. Jacoby pensa que Tucídides copiou tudo de Helânico, cujos interesses por Cronologia são bem conhecidos. Antíoco não teria se preocupado muito em datar os eventos.
·         P.17
·         Estrabão cita Antíoco para uma versão da fundação de Régium. E fala indiretamente de Zancle, o que pode ser uma prova de que Tucídides leu em Antíoco seu relato sobre a fundação de Zancle.
·         Antíoco teria aceitado a versão dos fundadores de Tarento como Partheniai Espartanos.
·         Metaponto: Estrabão cita a versão – provável – de Timeu (que trouxe quantos personagens da Idade Heróica ele pôde para a Itália ) e diz que foram homens da Pilos de Nestor em seu retorno de Tróia que fundaram a cidade. Então Estrabão cita o relato de Antíoco dizendo que foram Aqueus mandados por Aqueus de Síbaris a fundar a cidade que havia sido abandonada. Lembra como Calcídios fundaram Regium mandados por Calcídios de Zancle.
·         Os Aqueus estavam descontentes com os Espartanos por forçarem Aqueus a deixarem o Peloponeso e após vê-los chegarem ao local de Tarento se apressaram a fundar Metaponto temendo que pudessem tomar o local.
·         P. 18
·         Outras histórias de Antíoco mostram como vários povos abandonaram seus locais originais de fundação de cidades: Crotonienses abandonaram o 1º local no Cabo Zefírion, os Cnídios abandonaram o Cabo Pachynos nas Ilhas Líparas, expulsos por Elimeus e Fenícios e os Foceus que colonizaram Vélia primeiro tentaram a Córsega.
·         Também Antíoco mostra como as colônias de iniciativa conjunta de vários povos foram o modelo para a fundação de Síris no sec. V a.C. por Tarentinos e Túrios – que seriam colonos Atenienses – com um exilado Espartano à frente da fundação. Embora a colônia fosse considerada um empreendimento Tarantino e mais tarde mudasse seu nome para Heracléa.
·         Os relatos de Antíoco entre o tempo das fundações no século VIII até o século V desapareceram completamente. Exceto por lexicógrafos, Pausânias, Dionísio e Estrabão são os únicos que citam suas histórias diretamente. Os dois primeiros parecem ter tido acesso ao seu texto, mas Estrabão provavelmente citava o que leu em Timeu, conhecido por ser crítico de autores anteriores. Uma geração anterior de estudiosos concluiu que Estrabão dependia principalmente de Políbio e da Geographoûmena de Artemidoros para seus relatos sobre a Itália e que Artemidoro que o supriu com as citações de Timeu, as quais podem conter alusões e críticas a Antíoco.
·         Estrabão não parece ter grande familiaridade com a literatura grega e é mais fácil pensar que ele tomou conhecimento da obra de Antíoco desta forma do que teve acesso aos originais de um historiador grego precursor e pouco conhecido.­


domingo, 22 de julho de 2012

PLUTARCO VIDAS PARALELAS - TESEU



·         p.17 - Plutarco diferencia “mito e lenda, poetas e mitógrafos” de um relato mais apurado, com bases verificáveis “o terreno constante da História amparada em fatos”.
·         p.18 - “Oxalá possamos obrigar a fábula, depurada pela razão, a submeter-se a ela, assumindo feições de História”
·         Plutarco procura ser criterioso ao lidar com essas personagens, tentando separar lenda de fatos/verdade o tempo todo.
·         p.19 – Estratagema de Egeu – pedra, espada, filho, força – lembra a lenda arturiana posterior. Esta inspirada naquela ?
·         p.22 – Emulações em Plutarco: Héracles-Teseu, Milcíades-Temístocles, Alexandre-César.
·         Adversários de Teseu: Perifetes (clava, que Teseu adotou),  Sínis (pinheiros curvados, filha que teve filho com Teseu), javalina de Crômion (Féia, podia ser mulher). Círon (chute ao precipício, dúvida qto ao banditismo pela parentela ilustre [ Éaco, Cicreu, Peleu, Télamon]), Cercião, Procusto (Damastes), Touro de Maratona.
·         P.28
·         Minotauro – Origem, morte de Androgeu. Cretense vitorioso nos jogos Panatenaicos, foi morto pelos atenienses ou a mando de Egeu. Minos desembarca para vingá-lo (desculpa semelhante à Helena para tomar Tróia) e impõe tributo aos atenienses.
·         Todo a história do Minotauro segue um padrão que chamo de “mitos de permanências”. A repetição de gestos realizados durante o mito original que terminou com a empresa sendo levada a bom termo. Assim, cada passo dado e reproduzido em ritos (Oscofórias) ou mesmo histórias não tão bem-sucedidas como a Morte de Ariadne em trabalho de parto são reproduzidas ritualmente por ter Ariadne uma relação fundamental com o sucesso da empreitada.  Plutarco descreve todos estes mitos e busca ligar rituais, festas e elementos (‘dipnóforas’) com supostos eventos do passado, numa relação de mão dupla: tanto explica os rituais presentes quanto busca confirmar a veracidade de mitos passados.
Apesar de sabermos que os antigos eram muito religiosos - com rituais antes de votações na pnix, onde se reunia a assembléia ateniense, cercando o local todo com sangue de animais. - me parece que o número de ritos ligados ao Minotauro e sua derrota nas mãos de Teseu reveste-se de uma importância profunda para Atenas. Simbolicamente parece um modo de dizer que uma Talassocracia - poder marítimo - foi substituída por outra, e que Atenas tendo vencido o Minotauro foi a digna sucessora dos Cretenses.

·         Teseu parece imune ao poder patriarcal. Ainda jovem recusa seguir ordens dos pais (do adotivo – avô – e mãe e também do natural) duas vezes, sempre pelo heroísmo: quando migra para Atenas a pé (p.23) e quando se voluntariza para ser entregue ao Minotauro sem passar pelo sorteio. (p.30).
·         P.38
·         Plutarco cita o Canto II de Homero – “catálogo das naus” – e diz que Homero reconheceu a tradição democrática dos atenienses pois é o único grupo que nomeia como ‘povo’. 
Algumas observações: Ainda que nada tenha se perdido nas traduções e cópias antigas, é quase certamente uma interpolação posterior feita com propósitos políticos, por algum membro radical do Demos ateniense, ou admirador que viveu entre a época de Homero e a de Plutarco, portanto num intervalo de 800 anos no máximo. Existe a possibilidade de que seja uma adição não presente no texto original de Plutarco e o estilo quase certo nos levaria ao radicalismo dos séculos XVIII-XIX. Mas se a observação não estava no texto original de Plutarco, nem a menção aos atenienses como povo em Homero, então qualquer época dos últimos 3 séculos é uma escolha possível. O argumento em favor de interpolações espúrias ainda na antiguidade se torna mais forte quando lemos adiante em Homero II, 557-8, que os navios de Salamina se alinharam junto dos Atenienses. E a época em que ainda havia disputa sobre Salamina pertencer ou não a Atenas pode situar a interpolação no fim do sec. VI, ou ao menos esta 2ª interpolação, se não as duas.
·         p.39
·         Citação de Aticistas/historiadores antigos : Ândron de Halicarnasso, Bíon, Ferécides, Helânico. Os 3 últimos para contar sobre os jogos Ístmicos, e o tratado com os coríntios sobre os direitos dos atenienses que fossem aos jogos. Os 3 juntos para contar sobre a expedição de Teseu contra as  Amazonas e a captura de Antíope. Para Plutarco, Teseu foi por conta própria, não acompanhando Héracles.
·         P.40
·         Menécrates –autor de Nicéia, teria escrito História da Bitínia – também entra como fonte para o caso das Amazonas. Plutarco diz que elas amavam os homens naturalmente e os convidavam a visita-las.
·         p 40-1
·         A Guerra das  Amazonas – Mais uma citação de Helânico (diz que as amazonas vieram por cima do gelo cimeriano). Elas teriam combatido perto da Pnyx e os túmlos dos que ca[iram comprovam. Outro autor: Clidemo. Plutarco avalia o caminho por onde passaram a partir dos túmulos encontrados em diversas regiões e conclui que passaram pela Tessália (Escotussa e nos montes Cinoscéfalos) e pela Megárida.
·         PLANO DA OBRA. Plutarco se refere ao que já escreveu na Vida de Demóstenes, portanto: Vida de Demóstenes >>>> Vida de Teseu e provavelmente Vida de Cícero antes também.
·         P 42
·         Cap. 29 – Mais autores. Heródoro http://en.wikipedia.org/wiki/Herodorus
·         P. 43 Filócoro >>> Trégua entre Adrasto e Eteócles, a pedido de Teseu na planícies de Tebas para recuperar os mortos do exército atacante teria sido “a 1ª trégua para recuperar os mortos.
·         Citação de uma Vida de Héracles . Sem especificar autoria. Lá estaria dito que Héracles foi o 1º a devolver os cadáveres dos inimigos.
·         P. 44
·         Cap. 30 – Encontro de Hércules e Teseu a 1ª vez – Heródoro.
·         Nota 50 – Mistérios a) Eleusínicos – em honra de Deméter e Perséfone. b) Órficos – em honra de Orfeu (estes preceituavam a transmigração das almas).
·         P 47
·         Istro – ao menos 13 livros de obra sobre a Ática
·         P.48
·         A dupla queda de Teseu – do poder e do abismo – pode ser um simbolismo para o governo popular em Atenas que sempre derrubava aqueles que se destacavam, fossem eles seus benfeitores ou não.
·         P.49
·         Episódio da Ilíada – Menesteu, que incitara o povo a derrubar Teseu e depois tomara o poder, morre em Tróia e os filhos de Teseu que viviam na casa de Elefenor, tendo partido com este para Tróia, ao voltar assumiram o reinado de Atenas.
·         PLANO DA OBRA: Vida de Címon  <<<< Vida de Teseu


PLUTARCH – BIOI PARALLELOI





INTRODUÇÃO

·          A edição utilizada é da Ed. PAUMAPE, trad. de Gílson César Cardoso, 1992.
·         Tb usada a ed. Para o Kindle em inglês, trad. Arthur Hugh Clough.
·         “As Vidas Paralelas representam o maior acervo de informações históricas que um autor antigo nos legou a respeito de não importa qual civilização” Paulo Matos Peixoto, introdução Bioi 1992.
·         Plutarco foi a vida toda adepto do platonismo da Academia de sua época – tendente ao Ceticismo e avesso ao Epicurismo, incluía a ética estóica – 66-67 d.C.
·         Relações: pupilo de Amônio na Academia. Amigo de Lúcio Méstrio Floro, Lúcio Herênio e Quinto Sósio Senecião (4 x cônsul, atendeu às palestras de Plutarco em Roma. É a quem este dedica as Bioi)
·         Não era proficiente em Latim ou Literatura Romana, segundo ele mesmo conta.
·         Visitou Roma 2 vezes. Viveu e foi a Atenas, e esteve algum tempo na Ásia e em Alexandria.
·         Sacerdote de Delfos por 20 anos até sua morte em c. de 120 a.C.  Tb Beotarca.
·         Obra: quase 10 mil pp. Só a metade chegou aos nossos dias.

ROTEIRO PARA LEITURA CRONOLÓGICA
GREGOS: TESEU – LICURGO – SÓLON – ARISTIDES – TEMÍSTOCLES – CÍMON – PÉRICLES – NÍCIAS – ALCIBÍADES – LISANDRO – ARTAXERXES* – AGESILAU – PELÓPIDAS – TIMOLÉON – FÓCION – DEMÓSTENES – ALEXANDRE – ÊUMENES – DEMÉTRIO – PIRRO – ÁRATO – ÁGIS – CLEÔMENES – FILÔPEMEN

ROMANOS: RÔMULO – NUMA – PUBLÍCOLA – CORIOLANO – CAMILO – FÁBIO MÁXIMO – MARCELO – MARCO CATÃO – FLAMININO – PAULO EMÍLIO – TIBÉRIO/CAIO GRACO – MÁRIO – SILA – SERTÓRIO – CRASSO – LÚCULO – POMPEU – CÍCERO – CÉSAR – CATÃO, O JOVEM – MARCO BRUTO – ANTÔNIO – GALBA - OTÃO

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sábado, 14 de julho de 2012

PLUTARCO / PLUTARCH ROTEIRO PARA LEITURA CRONOLÓGICA



GREGOS: TESEU – LICURGO – SÓLON – ARISTIDES – TEMÍSTOCLES – CÍMON – PÉRICLES – NÍCIAS – ALCIBÍADES – LISANDRO – ARTAXERXES* – AGESILAU – PELÓPIDAS – TIMOLÉON – FÓCION – DEMÓSTENES – ALEXANDRE – ÊUMENES – DEMÉTRIO – PIRRO – ÁRATO – ÁGIS – CLEÔMENES – FILÔPEMEN

ROMANOS: RÔMULO – NUMA – PUBLÍCOLA – CORIOLANO – CAMILO – FÁBIO MÁXIMO – MARCELO – MARCO CATÃO – FLAMININO – PAULO EMÍLIO – TIBÉRIO/CAIO GRACO – MÁRIO – SILA – SERTÓRIO – CRASSO – LÚCULO – POMPEU – CÍCERO – CÉSAR – CATÃO, O JOVEM – MARCO BRUTO – ANTÔNIO – GALBA - OTÃO