·
p.17 - Plutarco diferencia “mito e lenda, poetas
e mitógrafos” de um relato mais apurado, com bases verificáveis “o terreno
constante da História amparada em fatos”.
·
p.18 - “Oxalá possamos obrigar a fábula,
depurada pela razão, a submeter-se a ela, assumindo feições de História”
·
Plutarco procura ser criterioso ao lidar com essas
personagens, tentando separar lenda de fatos/verdade o tempo todo.
·
p.19 – Estratagema de Egeu – pedra, espada,
filho, força – lembra a lenda arturiana posterior. Esta inspirada naquela ?
·
p.22 – Emulações
em Plutarco: Héracles-Teseu, Milcíades-Temístocles, Alexandre-César.
·
Adversários de Teseu: Perifetes (clava, que
Teseu adotou), Sínis (pinheiros
curvados, filha que teve filho com Teseu), javalina de Crômion (Féia, podia ser
mulher). Círon (chute ao precipício, dúvida qto ao banditismo pela parentela
ilustre [ Éaco, Cicreu, Peleu, Télamon]), Cercião, Procusto (Damastes), Touro
de Maratona.
·
P.28
·
Minotauro – Origem, morte de Androgeu. Cretense
vitorioso nos jogos Panatenaicos, foi morto pelos atenienses ou a mando de
Egeu. Minos desembarca para vingá-lo (desculpa semelhante à Helena para tomar
Tróia) e impõe tributo aos atenienses.
·
Todo a história do Minotauro segue um padrão que
chamo de “mitos de permanências”. A repetição de gestos realizados durante o
mito original que terminou com a empresa sendo levada a bom termo. Assim, cada
passo dado e reproduzido em ritos (Oscofórias) ou mesmo histórias não tão
bem-sucedidas como a Morte de Ariadne em trabalho de parto são reproduzidas
ritualmente por ter Ariadne uma relação fundamental com o sucesso da
empreitada. Plutarco descreve todos
estes mitos e busca ligar rituais, festas e elementos (‘dipnóforas’) com
supostos eventos do passado, numa relação de mão dupla: tanto explica os
rituais presentes quanto busca confirmar a veracidade de mitos passados.
Apesar de sabermos que os antigos eram muito religiosos -
com rituais antes de votações na pnix, onde se reunia a assembléia ateniense,
cercando o local todo com sangue de animais. - me parece que o número de ritos
ligados ao Minotauro e sua derrota nas mãos de Teseu reveste-se de uma
importância profunda para Atenas. Simbolicamente parece um modo de dizer que
uma Talassocracia - poder marítimo - foi substituída por outra, e que Atenas
tendo vencido o Minotauro foi a digna sucessora dos Cretenses.
·
Teseu parece imune ao poder patriarcal. Ainda
jovem recusa seguir ordens dos pais (do adotivo – avô – e mãe e também do
natural) duas vezes, sempre pelo heroísmo: quando migra para Atenas a pé (p.23)
e quando se voluntariza para ser entregue ao Minotauro sem passar pelo sorteio.
(p.30).
·
P.38
·
Plutarco cita o Canto II de Homero – “catálogo
das naus” – e diz que Homero reconheceu a tradição democrática dos atenienses
pois é o único grupo que nomeia como ‘povo’.
Algumas observações: Ainda que nada tenha se perdido nas traduções e
cópias antigas, é quase certamente uma interpolação posterior feita com
propósitos políticos, por algum membro radical do Demos ateniense, ou admirador
que viveu entre a época de Homero e a de Plutarco, portanto num intervalo de
800 anos no máximo. Existe a possibilidade de que seja uma adição não presente
no texto original de Plutarco e o estilo quase certo nos levaria ao radicalismo
dos séculos XVIII-XIX. Mas se a observação não estava no texto original de
Plutarco, nem a menção aos atenienses como povo em Homero, então qualquer época
dos últimos 3 séculos é uma escolha possível. O argumento em favor de
interpolações espúrias ainda na antiguidade se torna mais forte quando lemos
adiante em Homero II, 557-8, que os navios de Salamina se alinharam junto dos
Atenienses. E a época em que ainda havia disputa sobre Salamina pertencer ou
não a Atenas pode situar a interpolação no fim do sec. VI, ou ao menos esta 2ª
interpolação, se não as duas.
·
p.39
·
Citação de Aticistas/historiadores antigos : Ândron de Halicarnasso, Bíon, Ferécides,
Helânico. Os 3 últimos para contar sobre os jogos Ístmicos, e o tratado com
os coríntios sobre os direitos dos atenienses que fossem aos jogos. Os 3 juntos
para contar sobre a expedição de Teseu contra as Amazonas e a captura de Antíope. Para
Plutarco, Teseu foi por conta própria, não acompanhando Héracles.
·
P.40
·
Menécrates
–autor de Nicéia, teria escrito História da Bitínia – também entra como
fonte para o caso das Amazonas. Plutarco diz que elas amavam os homens
naturalmente e os convidavam a visita-las.
·
p 40-1
·
A Guerra
das Amazonas – Mais uma citação de
Helânico (diz que as amazonas vieram por cima do gelo cimeriano). Elas teriam
combatido perto da Pnyx e os túmlos dos que ca[iram comprovam. Outro autor: Clidemo. Plutarco avalia o caminho por
onde passaram a partir dos túmulos encontrados em diversas regiões e conclui
que passaram pela Tessália (Escotussa e nos montes Cinoscéfalos) e pela
Megárida.
·
PLANO DA OBRA. Plutarco se refere ao que já
escreveu na Vida de Demóstenes, portanto: Vida
de Demóstenes >>>> Vida de Teseu e provavelmente Vida de Cícero
antes também.
·
P 42
·
Cap. 29 – Mais autores. Heródoro http://en.wikipedia.org/wiki/Herodorus
·
P. 43 Filócoro >>> Trégua entre Adrasto
e Eteócles, a pedido de Teseu na planícies de Tebas para recuperar os mortos do
exército atacante teria sido “a 1ª trégua para recuperar os mortos.
·
Citação de uma Vida de Héracles . Sem especificar autoria. Lá estaria dito que
Héracles foi o 1º a devolver os cadáveres dos inimigos.
·
P. 44
·
Cap. 30 – Encontro de Hércules e Teseu a 1ª vez
– Heródoro.
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Nota 50 – Mistérios a) Eleusínicos – em honra de
Deméter e Perséfone. b) Órficos – em honra de Orfeu (estes preceituavam a
transmigração das almas).
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P 47
·
Istro – ao menos 13 livros de obra sobre a Ática
·
P.48
·
A dupla queda de Teseu – do poder e do abismo –
pode ser um simbolismo para o governo popular em Atenas que sempre derrubava
aqueles que se destacavam, fossem eles seus benfeitores ou não.
·
P.49
·
Episódio da Ilíada – Menesteu, que incitara o
povo a derrubar Teseu e depois tomara o poder, morre em Tróia e os filhos de
Teseu que viviam na casa de Elefenor, tendo partido com este para Tróia, ao
voltar assumiram o reinado de Atenas.
·
PLANO DA
OBRA: Vida de Címon <<<<
Vida de Teseu
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