A primeira vez que li As Vidas Paralelas de Plutarco foi em 1992. Em 1996, porém, decidi ler tudo. Levei 1 ano na tarefa pois fazia mestrado e dava aulas numa IFES. Mas valeu à pena. Plutarco, com todos os seus defeitos, nos dá uma visão geral do mundo clássico, e ainda faz comparações entre gregos e romanos, que muitos estudiosos se perguntam - antes de conhecê-lo - por que nunca foram feitas.
Esta releitura começou em 2012 após muitas renúncias e muitos adiamentos.Vou fazendo anotações - em 1996 fiz mais de 1500 - e à medida que forem surgindo temas interessantes, iremos discutindo os múltiplos e variados aspectos desta obra que não dorme e é imortal.
PLUTARCH – BIOI PARALLELOI
INTRODUÇÃO
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A edição
utilizada é da Ed. PAUMAPE, trad. de Gílson César Cardoso, 1992.
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Tb usada a ed. Para o Kindle em inglês, trad.
Arthur Hugh Clough.
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“As Vidas Paralelas representam o maior acervo
de informações históricas que um autor antigo nos legou a respeito de não
importa qual civilização” Paulo Matos Peixoto, introdução Bioi 1992.
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Plutarco foi a vida toda adepto do platonismo da
Academia de sua época – tendente ao Ceticismo e avesso ao Epicurismo, incluía a
ética estóica – 66-67 d.C.
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Relações: pupilo de Amônio na Academia. Amigo de
Lúcio Méstrio Floro, Lúcio Herênio e Quinto Sósio Senecião (4 x cônsul, atendeu
às palestras de Plutarco em Roma. É a quem este dedica as Bioi)
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Não era proficiente em Latim ou Literatura
Romana, segundo ele mesmo conta.
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Visitou Roma 2 vezes. Viveu e foi a Atenas, e
esteve algum tempo na Ásia e em Alexandria.
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Sacerdote de Delfos por 20 anos até sua morte em
c. de 120 a.C. Tb Beotarca.
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Obra: quase 10 mil pp. Só a metade chegou aos
nossos dias.
TESEU
PLUTARCO COMO
HISTORIADOR – RAZÃO NO LUGAR DA FÁBULA
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p.17 - Plutarco diferencia “mito e lenda, poetas
e mitógrafos” de um relato mais apurado, com bases verificáveis “o terreno
constante da História amparada em fatos”.
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p.18 - “Oxalá possamos obrigar a fábula,
depurada pela razão, a submeter-se a ela, assumindo feições de História”
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Plutarco procura ser criterioso ao lidar com
essas personagens, tentando separar lenda de fatos/verdade o tempo todo.
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p.19 – Estratagema de Egeu – pedra, espada,
filho, força – lembra a lenda arturiana posterior. Esta inspirada naquela ?
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p.22 – Emulações
em Plutarco: Héracles-Teseu, Milcíades-Temístocles, Alexandre-César.
· Adversários de Teseu: Perifetes (clava, que
Teseu adotou), Sínis (pinheiros
curvados, filha que teve filho com Teseu), javalina de Crômion (Féia, podia ser
mulher). Círon (chute ao precipício, dúvida qto ao banditismo pela parentela
ilustre [ Éaco, Cicreu, Peleu, Télamon]), Cercião, Procusto (Damastes), Touro
de Maratona.
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Minotauro – Origem, morte de Androgeu. Cretense
vitorioso nos jogos Panatenaicos, foi morto pelos atenienses ou a mando de
Egeu. Minos desembarca para vingá-lo (desculpa semelhante à Helena para tomar
Tróia) e impõe tributo aos atenienses.
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Teseu parece imune ao poder patriarcal. Ainda
jovem recusa seguir ordens dos pais (do adotivo – avô – e mãe e também do
natural) duas vezes, sempre pelo heroísmo: quando migra para Atenas a pé (p.23)
e quando se voluntariza para ser entregue ao Minotauro sem passar pelo sorteio.
(p.30).
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