sábado, 16 de junho de 2012

PLUTARCO / PLUTARCH - VIDAS PARALELAS / BIOI PARALLELOI : (RE) LEITURA, FICHAMENTO E OBSERVAÇÕES






A primeira vez que li As Vidas  Paralelas de Plutarco foi em 1992. Em 1996, porém, decidi ler tudo. Levei 1 ano na tarefa pois fazia mestrado e dava aulas numa IFES. Mas valeu à pena. Plutarco, com todos os seus defeitos, nos dá uma visão geral do mundo clássico, e ainda faz comparações entre gregos e romanos, que muitos estudiosos se perguntam - antes de conhecê-lo - por que nunca foram feitas. 

Esta releitura começou em 2012 após muitas renúncias e muitos adiamentos.Vou fazendo anotações - em 1996 fiz mais de 1500 - e à medida que forem surgindo temas interessantes, iremos discutindo os múltiplos e variados aspectos desta obra que não dorme e é imortal.

 

 

PLUTARCH – BIOI PARALLELOI



INTRODUÇÃO

·          A edição utilizada é da Ed. PAUMAPE, trad. de Gílson César Cardoso, 1992.
·         Tb usada a ed. Para o Kindle em inglês, trad. Arthur Hugh Clough.
·         “As Vidas Paralelas representam o maior acervo de informações históricas que um autor antigo nos legou a respeito de não importa qual civilização” Paulo Matos Peixoto, introdução Bioi 1992.
·         Plutarco foi a vida toda adepto do platonismo da Academia de sua época – tendente ao Ceticismo e avesso ao Epicurismo, incluía a ética estóica – 66-67 d.C.
·         Relações: pupilo de Amônio na Academia. Amigo de Lúcio Méstrio Floro, Lúcio Herênio e Quinto Sósio Senecião (4 x cônsul, atendeu às palestras de Plutarco em Roma. É a quem este dedica as Bioi)
·         Não era proficiente em Latim ou Literatura Romana, segundo ele mesmo conta.
·         Visitou Roma 2 vezes. Viveu e foi a Atenas, e esteve algum tempo na Ásia e em Alexandria.
·         Sacerdote de Delfos por 20 anos até sua morte em c. de 120 a.C.  Tb Beotarca.
·         Obra: quase 10 mil pp. Só a metade chegou aos nossos dias.


TESEU
PLUTARCO COMO HISTORIADOR – RAZÃO NO LUGAR DA FÁBULA
·         p.17 - Plutarco diferencia “mito e lenda, poetas e mitógrafos” de um relato mais apurado, com bases verificáveis “o terreno constante da História amparada em fatos”.
·         p.18 - “Oxalá possamos obrigar a fábula, depurada pela razão, a submeter-se a ela, assumindo feições de História”
·         Plutarco procura ser criterioso ao lidar com essas personagens, tentando separar lenda de fatos/verdade o tempo todo.
·         p.19 – Estratagema de Egeu – pedra, espada, filho, força – lembra a lenda arturiana posterior. Esta inspirada naquela ?
·         p.22 – Emulações em Plutarco: Héracles-Teseu, Milcíades-Temístocles, Alexandre-César.
·       Adversários de Teseu: Perifetes (clava, que Teseu adotou),  Sínis (pinheiros curvados, filha que teve filho com Teseu), javalina de Crômion (Féia, podia ser mulher). Círon (chute ao precipício, dúvida qto ao banditismo pela parentela ilustre [ Éaco, Cicreu, Peleu, Télamon]), Cercião, Procusto (Damastes), Touro de Maratona.
·         Minotauro – Origem, morte de Androgeu. Cretense vitorioso nos jogos Panatenaicos, foi morto pelos atenienses ou a mando de Egeu. Minos desembarca para vingá-lo (desculpa semelhante à Helena para tomar Tróia) e impõe tributo aos atenienses.
·         Teseu parece imune ao poder patriarcal. Ainda jovem recusa seguir ordens dos pais (do adotivo – avô – e mãe e também do natural) duas vezes, sempre pelo heroísmo: quando migra para Atenas a pé (p.23) e quando se voluntariza para ser entregue ao Minotauro sem passar pelo sorteio. (p.30).
 

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