The Greek Historians of the West
Timaeus and His predecessors
Pearsons,
Lionel
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INTRODUÇÃO
· (p.vii) 856 historiadores gregos perdidos em http://en.wikipedia.org/wiki/Fragmente_der_griechischen_Historiker
by Jacoby.
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O trabalho de Jacoby reúne cerca de 12
fragmentos. http://www.hotei-publishing.com/die-fragmente-der-griechischen-historiker-cd-rom-edition-institutional-licence-network-version-2-5-u
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(pp. vii-viii)Timaeus:
- Morto c. 250 a.C.
- Principal fonte para a história dos
Gregos Ocidentais, amplamente lido e citado em outros autores.
- Encontrado em Diododorus Siculus, (principal
obra que sobreviveu e o cita) que não o cita, mas foi sua pricinpal fonte.
Outras fontes de DS sobre os gregos ocidentais: Éforo (ephorus), Filisto (philisto),
Teopompo (teopompus), Duris de Samos.
- DS não era crítico e suas
comparações com versões anteriores a Timeu foram provavelmente feitas pelo
próprio Timeu.
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(p. ix) Críticas a Timeus :
- Mto popular
- Intervenção do miraculoso
- Gosto pela e talento para a dramaticidade
- ‘Nacionalismo’ Siceliota
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Livro VI de Tucídides sobre a História primitiva
da Sicília baseado em Antíoco, e provavelmente serviu de fonte a Timeus, junto
com Filisto. Antíoco => Tucídides
=> Filisto => Timeus.
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CAPÍTULO 1
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p. 1
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Filistos e Timeus são personagens bem
conhecidos. O 1º do sec IV e o 2º do sec III a.C.
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TIMEUS
– “the most important historian between Ephorus and Polybius”
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Políbio
(Livro XII) o achava pouco critico e
Plutarco( Nícias 1, Dion35) o achava preconceituoso e mto dado a querelas.
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Fonte de Cícero, Dionísio de Halicarnasso,
Plínio, o Antigo e Diodorus para a
história dos gregos da Sicília.
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No tempo de Políbio, a história dos gregos do
oeste já tinha sido delineada em suas bases e foi Timeus quem o fez.
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Pp 1-2.
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Para a
Grécia Continental e Med. Leste houve 6 historiadores principais: Heródoto,
Tucídides, Xenofonte, Éforo e Helânico e Teopompo em grau menor. Os 3 primeiros
são conhecidos como Diodoro os conheceu, mas no Oeste não há textos conhecidos
de Antíoco, Filisto ou Timeus. As referências em Diodoro, Estrabão ou Dionísio
são incertas, podem ser de memo ou segundo pósteros como Posidônio, de quem
também não há nenhum texto.
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P. 3
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Timeus e seus predecessores seguiram a tradição ta panu arkaia,
indo às orígens das cidades (Kteseis) e ao papel de cada uma na idade
heroica. Coisa que Heródoto e Tucídides não fizeram no Leste, apesar de fazerem
uma ou outra referência a mitos fundadores.
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Nas
Kteseis
e nos Horoi (anais)
foi feito um esforço para prover as colônias, em especial cidades da Ásia Menor
e das ilhas com uma História sobre seus tempos primitivos e, para dotar as
cidades do Euxino – cujas datas de fundação eram bem conhecidas – com uma
História mto anterior às suas fundações.
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Jacoby
– apoiado por Pearsons – diz que não há registro desses esforços nas cidades da
Itália e da Sicília e que esse tipo de História Fundacional não se desenvolve
mesmo na Jônia até a metade do sec V a.C.
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Material para composição: enorme tradição de
mitos pós-homéricos, tradição da poesia
lírica arcaica, perdida e o ciclo hesiódico.
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P.4
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Quando Heródoto conta a origem dos Citas emoi men ou pista legontes , ele não escolhe uma mitologia
autêntica, mas provavelmente uma história escrita por algum autor grego de
história Pôntica com raízes na região. Os Citas seriam descendentes do 3º filho
de Héracles com uma criatura local.
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Ao
levar Héracles à Cítia, os gregos podiam clamar legitimidade sobre a região,
pela descendência. O mesmo se dá com Êryx, na Sicília, que no mito foi conquistada
por Héracles sobre Êryx e deu ao real espartano Dorieu motivo para ali fundar
uma colônia. Lembrar que os reis espartanos eram Heráclidas.
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pp. 4-5
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No
Oeste entretanto, há poucas citações presentes na poesia arcaica sobre mitos.
Isso levou os historiadores dessas regiões a criarem uma série de mitos
fundacionais para servir ao propósito do direito pela ascendência. Havia ainda
menos material sobre os 4 séculos – Dark Ages – seguintes à Idade Heróica e
Políbio (12.26d – T19) diz que os primeiros livros de Timeu ocupam-se de
genealogias e origens de cidades. E não estaria Timeu ocupado apenas com os
colonos gregos do fim das DA, mas também com as origens de Sícelos, Sicanos e
outros não-gregos.
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Na
Grécia do Egeu, uma tradição sobre as migrações das DA estabeleceu-se desde
cedo. Os Dórios chegaram após a Guerra
de Tróia, causando grande destruição e encerrando a Idade Heróica e forçaram as
migrações de muitos povos para as colônias na Ásia Menor. Os gregos mostravam
as ruínas de Micenas e Tirinto como prova dessa história.
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No
Oeste, ao contrário, não houve tradição oficial sobre o que aconteceu ao fim da
IH. E talvez os gregos não tivessem muito interesse sobre isso, mas os
historiadores da região fizeram esforços para estabelecer e contrariar versões. Porém, se no Egeu, as escavações confirmaram
grande parte da tradição, na Sicília foi o contrário. (cf. Bernabò Brea, Sicily before the Greeks)
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pp.
5-6 – Tucídides (VI, 3-5) deixa a impressão de que as datas de fundação eram
conhecidas, mas há disputa sobre elas, e quando o oráculo de Delfos aparece
para definir datas, é quase certo ser uma tradição inventada e não registro
oficial.
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Não
há história das cidades gregas do Oeste, apenas histórias gerais, itálica sicílica.
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“We know that the colonies experienced the same
conflict between oligarchy and democracy as in old Greece, and that the
development of democracy was interrupted by the rise of tyrants in many cities”
[ Não é um problema com a descrição de quem elaborou as histórias, vendo mais
semelhanças nos processos do que diferenças ? ]
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P.9
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Quando
Tucídides escreve sobre a Sicília, ele provavelmente leu em Antíoco, mas
Heródoto sobre os Denomênidas ou sobre a vitória de Hierão, tirano de Gelón
sobre os cartagineses, provavelmente foi numa conversa, originada da tradição
oral. Depois de 480 não há qualquer material ou tradição oral Siceliota ou
Italiota até a invasão ateniense em 415. Éforo teve de recorrer a material
escrito para preencher as lacunas.
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Timeu
refez os relatos de Tucídides e Heródoto sobre a Sicília mas recorreu
certamente a relatos fictícios e inventou parte do que escreveu. Não há porém
tradição oral para fazer uma colisão de textos.
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Políbio
considera Timeu um dos piores historiadores, mas sua autoridade sobre a
história dos gregos ocidentais permaneceu insuperada. Tanto Políbio quanto
Plutarco e Diodoro o criticam mas nenhum propôs uma fonte alternativa.
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PRECURSORES DE TIMEU
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P.
10
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HÍPIAS
(HIPPYS) DE RÉGIO (RHEGIUM)
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Supostamente
o mais antigo historiador da Sicília. Boa chance de não ter existido e criado
no período helenístico para compor uma ‘tradição’ anterior.
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A
Suda informa que Hípias foi o 1º. a escrever História da Sicília, e começou no
tempo das Guerras Pérsicas.
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Obras:
-
Kteseis of Italy, Sicelica – 5 livros.
-
Crônicas – 5 livros
-
Argolica – 3 livros.
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Sua
obra teria sido epitomizada por um certo Myes.
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Cadmo
de Mileto teria sido epitomizado/inventado por Bíon de Proconeso ou alguém se
dizendo ele, que disse ser Cadmo o 1º a escrever História da Iônia, embora a
tradição atribua a primazia a Hecateu/Hecataeus.
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Se
Hípias foi o 1º a escrever história do oeste grego, surpreende não ser citado
em Dionísio, Diodoro, Estrabão ou Pausânias. Só Estéfano de Bizâncio o
menciona.
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Os
que mais crêem na existência de Hípias seriam eruditos italianos, entre os
quais De Sanctis e Momigliano.
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Pp 8-9
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Fragmentos
atribuídos a Hípias contrariam opiniões e versões geralmente reconhecidas :
-
Teria descoberto um pitagórico Petron (cf. Plutarco), que dizia haverem 83
universos, embora ninguém antes dos atomistas tenha aventado a hipótese de
haver mais de um universo.
-
Chama os Argólidas de povo “pré-lunar”, dando-lhes mais antiguidade que os Frígios
(contrariando Heródoto).
-
Teria contado a história de Jasão ter trazido Medea para Corinto, sugerindo-o
ser a fonte da Medea de Eurípides.
-
Teria dito que um certo rei argivo Pollis na Sicília deu nome a um vinho.
-
E que havia um lugar de mistérios que matava quem lá dormisse, armadilha
construída pelo rei Epainetos durante a 36ª olimpíada quando o Esparatano
Aritamas venceu o Stadium.
-
Nas duas últimas nenhuma referência há sobre esses reis ou sobre o olímpico. O
autor da epítome escreveu por volta de 280 a.C. o mais tardar e não muito antes
pois historiadores não usavam a datação olímpica antes.
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P.10
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Pearsons
conclui que alguns preferem crer na existência de Hípias e não em sua invenção
pelo ‘epitomizador’. Mas para Pearsons,
a 1ª alternativa é a mais difícil de arguir.
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P.
11
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ANTÍOCO
DE SIRACUSA
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‘More
solid ground’ . Dionísio, Diodoro, Estrabão e Pausânias o citam.
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Possível
mesma idade de Heródoto, não mais antigo que Tucídides. Teria encerrado sua
obra em 424/23 .
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Escreveu
em dialeto Iônico, nem ático nem dórico de Siracusa, talvez querendo ser
considerado o Heródoto do Oeste. Diodoro nos conta que sua obra foi dividida em
9 partes por alguém que a organizou em Alexandria.
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Pearsons
segue Jacoby ao dizer que Antíoco não teria feito duas obras sobre a Itália e
sobre a Sicília, mas uma só
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Itália
para Antíoco é uma área restrita, não compreende sequer a Magna Grécia.
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Ele
começa sua narrativa com peri italihs.
Embora Estrabão ache que é o título descrevendo a obra, na verdade é sobre os italoi, as pop. não-gregas (Oinocroi os
primeiros) em suas migrações no continente e então para a Sicília, antes da
chegada dos Sícelos.
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P.12
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